Quem opta pelo regime tributário do Simples Nacional se depara com a obrigação de quitar seus impostos através do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). A opção pelo Simples Nacional na tributação pode se revelar uma estratégia atrativa para diminuir os encargos fiscais, permitindo, assim, a realocação de recursos em outras áreas. Dessa forma, os empreendedores podem gradualmente conquistar oportunidades de negócios ampliadas. Atualmente, mais de 11 milhões de empresas optaram pelo regime do Simples Nacional, de acordo com dados do Sebrae. Essas estatísticas reforçam ainda mais o fato de que muitos gestores enxergaram nesse modelo tributário uma maneira de economizar em impostos. Compreender o método de cálculo desses tributos é de suma importância. O Simples Nacional representa uma das três alternativas de regime tributário disponíveis no Brasil, sendo a mais prevalente entre Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP). Dentro desse arranjo, os empreendedores também estão sujeitos ao recolhimento de diversos impostos, a saber: ICMS, ISS, IRPJ, IPI, CSLL, Cofins, PIS e CPP. A guia de pagamento do Simples Nacional já inclui o montante final a ser pago, considerando os impostos abarcados pelo programa, como o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e a Contribuição para o PIS/Pasep. Dado que é a escolha predominante entre as pequenas empresas, é fundamental ter conhecimento sobre quais tributos são abrangidos pelo Simples Nacional e compreender como determinar o valor devido. LEIA MAIS: Tributação de Dividendos - como funciona? Anexos de Tributação do Simples NacionalO Simples Nacional é um regime tributário simplificado criado pelo governo brasileiro com o objetivo de facilitar o pagamento de impostos por parte das micro e pequenas empresas (MPEs). Ele unifica diversos tributos em uma única guia de pagamento, tornando o processo mais simplificado e menos oneroso para essas empresas. O Simples Nacional também simplifica a contabilidade e reduz a burocracia fiscal. O Simples Nacional possui diferentes anexos de tributação, cada um com suas alíquotas e faixas de faturamento. Até a minha data de conhecimento em setembro de 2021, os anexos do Simples Nacional eram os seguintes:
É importante ressaltar que as alíquotas e faixas de faturamento podem ser atualizadas anualmente, por isso é fundamental consultar a legislação vigente ou órgãos competentes para obter as informações mais recentes sobre os anexos do Simples Nacional. O que determina a elegibilidade das empresas para o regime do Simples Nacional? Como mencionado anteriormente, as empresas que podem ser incluídas no Simples Nacional são aquelas classificadas como micro e pequenas empresas, que se dividem da seguinte maneira: Empresas de Pequeno Porte (EPP): São os empreendimentos com um faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões; Microempresas (ME): Essas são as empresas cujo faturamento anual não ultrapassa R$ 360 mil; Microempresas Individuais (MEI): As Microempresas Individuais também podem se enquadrar no Simples Nacional, porém, com regras específicas aplicáveis a elas. Como fazer o cálculo de imposto do Simples Nacional?O cálculo do Simples Nacional envolve a aplicação de alíquotas progressivas sobre a receita bruta anual da empresa, de acordo com a faixa de faturamento em que ela se encaixa. As alíquotas variam de acordo com a atividade da empresa e os anexos tributários do Simples Nacional. Vou descrever um passo a passo simplificado para calcular o Simples Nacional e, em seguida, fornecer um exemplo hipotético.
Passo a passo para calcular o Simples Nacional: Passo 1: Classifique sua atividade econômica: Primeiro, você precisa identificar em qual dos anexos do Simples Nacional sua atividade se encaixa. Existem diversos anexos, cada um com alíquotas específicas para diferentes tipos de empresas, como comércio, indústria, serviços, entre outros. Passo 2: Calcule sua receita bruta anual: Determine qual foi o faturamento bruto da sua empresa nos últimos 12 meses. Essa é a base para o cálculo. Passo 3: Consulte a tabela de alíquotas: Para o anexo tributário ao qual sua empresa pertence, consulte a tabela de alíquotas correspondente. As alíquotas variam de acordo com a faixa de faturamento. Passo 4: Aplique a alíquota: Multiplique a receita bruta anual pela alíquota correspondente à faixa de faturamento da sua empresa. Passo 5: Subtraia o valor de dedução: Em alguns casos, dependendo do anexo, é possível aplicar deduções sobre o valor obtido no Passo 4. Passo 6: Calcule o valor a ser pago: O resultado obtido após a aplicação da alíquota (ou após deduções, se aplicável) será o valor que sua empresa deve pagar como Simples Nacional. Veja agora um exemplo para você compreender melhor o funcionamento do cálculo do imposto no Simples Nacional. Suponhamos que você tenha uma microempresa (ME) no setor de serviços, e seu faturamento bruto anual foi de R$ 200.000,00. Para simplificar, usaremos valores fictícios e uma alíquota hipotética para ilustrar o cálculo. Passo 1: Sua atividade se enquadra no Anexo III do Simples Nacional (Serviços de Locação de Bens Móveis e Factoring). Passo 2: Sua receita bruta anual é de R$ 200.000,00. Passo 3: Consulte a tabela de alíquotas do Anexo III e encontre a alíquota correspondente à faixa de faturamento de R$ 200.000,00. Suponhamos que a alíquota para essa faixa seja de 6%. Passo 4: Aplique a alíquota: R$ 200.000,00 x 6% = R$ 12.000,00. Passo 5: Não há deduções neste exemplo. Passo 6: O valor a ser pago como Simples Nacional é de R$ 12.000,00. Lembrando que esse é um exemplo simplificado e fictício. As alíquotas reais e as regras podem variar de acordo com a legislação em vigor e a categoria tributária da empresa. É fundamental consultar a legislação atualizada ou um contador para realizar o cálculo preciso do Simples Nacional para sua empresa. Matricule-se no Curso Completo de Simples Nacional e nunca mais fique com dúvidas ou erre ao calcular impostos ou prestar serviços. Clique aqui.
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O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) é um tributo municipal cobrado sobre propriedades prediais e territoriais urbanas, sejam elas residenciais, comerciais ou industriais. O funcionamento do IPTU para empresas é semelhante ao dos imóveis residenciais, mas com algumas particularidades relacionadas à atividade comercial ou industrial que ocorre no local. Aqui estão alguns pontos chave sobre como o IPTU funciona para empresas:
Lembrando que as informações podem variar de acordo com a legislação vigente no seu município e possíveis alterações após a minha data de corte em setembro de 2021. Portanto, é sempre recomendável consultar a legislação municipal e, se necessário, buscar orientação profissional, como um contador, para entender como o IPTU é aplicado às empresas na sua localidade. LEIA MAIS: O que é ICMS e como calcular Diferença entre IPTU residencial e IPTU comercialA principal distinção entre os tipos de IPTU reside no valor, que é diretamente influenciado pela finalidade do imóvel. O IPTU destinado a propriedades comerciais apresenta valores mais substanciais, dado que a capacidade de contribuição do proprietário tende a ser mais robusta em comparação aos imóveis residenciais. Através da arrecadação proveniente do IPTU comercial, que supera o do segmento residencial em termos de custo, a administração municipal obtém recursos adicionais que podem ser direcionados para aprimorar áreas cruciais necessitadas de ajustes, promovendo, assim, o bem-estar da cidade de maneira abrangente. Assim como a finalidade do imóvel tem o potencial de elevar o montante do IPTU, o valor venal também pode contribuir para essa disparidade. A base de cálculo pode sofrer flutuações, levando a um aumento no valor venal. Além disso, a natureza do ramo comercial exercido pela empresa pode gerar valorização, o que, por consequência, eleva o montante tributário. Esse tipo de valorização não é tão comum em propriedades residenciais, resultando em menores variações nos valores do IPTU para fins residenciais. Destrave seu acesso ao Curso de Tributação Fiscal e domine os impostos! Acesse aqui Com IPTU atrasado, é possível abrir uma empresa?De acordo com a legislação, é viável estabelecer uma empresa em um imóvel com débitos de IPTU pendentes. No entanto, será necessário contatar a Secretaria da Fazenda de sua municipalidade e negociar o pagamento da dívida.
Para iniciar corretamente uma empresa, é aconselhável estar com todas as obrigações em dia, pois a regularização do IPTU é necessária para a obtenção da Certidão Negativa de Débitos (CND). No entanto, antes de agir precipitadamente, avalie se é realmente indispensável que sua empresa esteja registrada nesse endereço. Caso contrário, a opção de estabelecê-la em outro local pode ser considerada, evitando complicações com o IPTU em atraso (pelo menos para a abertura do negócio). Se, por outro lado, você constatar que é crucial que sua empresa esteja situada no endereço com o IPTU atrasado, conforme mencionado previamente, é aconselhável buscar a Secretaria da Fazenda de sua cidade e buscar um acordo de parcelamento para a dívida. É de extrema importância, porém, antes de dar quaisquer passos, realizar uma consulta prévia e verificar se a sua região permite a atividade que você pretende exercer. Uma vez que a consulta prévia tenha sido aprovada e o local esteja de fato alinhado com suas intenções empresariais, torna-se imperativo regularizar o IPTU em atraso. Isso ocorre porque os dados contidos nesse documento serão utilizados para a obtenção do CNPJ, registro na Junta Comercial, inscrição estadual (caso necessária), elaboração do contrato social, obtenção de alvarás, entre outros procedimentos. O Brasil passou por uma significativa alteração na legislação tributária com a implementação do imposto sobre lucros e dividendos. Até 1995, o país tributava esses ganhos, mas posteriormente, a legislação foi alterada para isentá-los do imposto de renda, buscando estimular investimentos e o crescimento econômico. Contudo, essa isenção gerou debates sobre a justiça tributária, uma vez que muitos acreditavam que os mais ricos se beneficiavam excessivamente dessa política. Diante desse cenário, a legislação foi novamente modificada para a tributação de lucros e dividendos, com o objetivo de aumentar a arrecadação e reduzir a desigualdade no país. De acordo com a nova lei, uma alíquota de 15% é aplicada sobre os lucros e dividendos distribuídos, sendo que valores acima de R$ 20.000 mensais estão sujeitos a uma alíquota adicional de 5%. Essa mudança representa uma tentativa do governo de equilibrar a carga tributária e tornar o sistema mais justo, visando combater possíveis benefícios excessivos para os mais ricos. No entanto, é importante ressaltar que a tributação de dividendos pode ter implicações para empresas e investidores, e é recomendável buscar a orientação de um profissional especializado para entender completamente as consequências fiscais e tomar decisões financeiras informadas. LEIA MAIS: Tributação sobre ações - como funciona O que são dividendos?Do ponto de vista das empresas, os dividendos representam uma das formas de remunerar os sócios, onde os lucros obtidos são distribuídos entre os proprietários da empresa. Enquanto as empresas de capital fechado têm um número reduzido de sócios, as empresas de capital aberto, cujas ações são listadas na Bolsa, possuem muitos acionistas, uma vez que qualquer pessoa pode adquirir ações no mercado. A distribuição dos lucros, seja por meio do pagamento de dividendos ou de juros sobre capital próprio (JCP), é destinada a todos os acionistas detentores de ações. Do ponto de vista do investidor, receber dividendos é uma das maneiras de obter lucros no mercado de ações, juntamente com a valorização das ações. As sociedades anônimas de capital aberto são legalmente obrigadas a distribuir parte do lucro para seus acionistas, podendo fazê-lo por meio da distribuição de dividendos ou JCP. A diferença entre essas duas opções reside na tributação. Atualmente, os dividendos são isentos do Imposto de Renda (IR), enquanto os investidores que recebem por meio de JCP pagam 15% de IR sobre o valor recebido. É importante ressaltar que essa situação pode mudar, já que um dos pontos considerados fundamentais para o avanço do país é uma reforma tributária que poderia incluir a taxação dos dividendos, uma proposta que frequentemente está em discussão pelos governos. Empresas que pagam dividendosAs empresas que pagam dividendos são aquelas que distribuem parte de seus lucros aos acionistas como uma forma de remuneração pelo investimento realizado. Geralmente, empresas bem estabelecidas, com lucros consistentes e estáveis, têm mais probabilidade de pagar dividendos aos acionistas. Essas empresas são frequentemente conhecidas como "empresas pagadoras de dividendos". As empresas de capital aberto, cujas ações são negociadas na Bolsa de Valores, são as mais comuns na distribuição de dividendos, uma vez que possuem um grande número de acionistas e estão sujeitas a regulamentações e exigências dos órgãos reguladores do mercado de capitais. Por outro lado, empresas de capital fechado, que têm um número limitado de acionistas e não possuem ações listadas em bolsas de valores, também podem pagar dividendos, mas geralmente têm mais liberdade para decidir sobre suas políticas de distribuição de lucros. No entanto, é importante observar que nem todas as empresas pagam dividendos. Algumas empresas podem optar por reinvestir seus lucros na expansão dos negócios, no desenvolvimento de novos produtos ou em outras oportunidades de crescimento, em vez de distribuí-los aos acionistas. Nesses casos, os investidores podem obter retorno por meio da valorização das ações, quando o preço das ações aumenta no mercado secundário de ações. LEIA MAIS: Curso online de Analista Financeiro com certificado Mudanças na tributação de dividendosO Governo Federal propôs a tributação dos dividendos na segunda fase da reforma tributária, com uma alíquota original de 20% retido na fonte, podendo chegar a 30% para residentes em paraísos fiscais. Porém, durante a tramitação na Câmara dos Deputados, a alíquota foi reduzida para 15% e os JCP foram extintos. O projeto foi encaminhado ao Senado Federal, mas sua tramitação foi paralisada. Especialistas acreditam que há uma tendência para que o próximo governo proponha novamente a tributação dos dividendos, argumentando que o Brasil é um dos poucos países que não tributa a distribuição de lucros, favorecendo as camadas mais ricas da população. O tema da tributação dos dividendos está em constante avaliação e há diversos projetos de lei em discussão no Legislativo, além da proposta do governo. Ainda não é possível prever se esses projetos serão votados ou quais mudanças poderão ocorrer durante o processo de elaboração de leis no Congresso. Fundos Imobiliários serão tributados?Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) estão em discussão quanto à sua tributação de renda e patrimônio, seguindo uma nova proposta que se baseia em cinco princípios: progressividade, isonomia, neutralidade, competitividade internacional e segurança jurídica.
Em relação à isonomia, observa-se uma discrepância na tributação do aluguel de imóveis. Quando em posse de uma pessoa jurídica, pode chegar a uma alíquota de 27,5%. Se estiver registrado em nome de uma pessoa física, o imposto reduz para 11%. Por sua vez, caso a propriedade esteja dentro de um fundo imobiliário, a tributação é zerada. Nesse contexto, o desafio consiste em conceber um sistema tributário que seja eficiente sob uma perspectiva econômica, o mais justo possível, que possibilite a arrecadação necessária e, ao mesmo tempo, que lide de maneira adequada com a concorrência internacional. A proposta de tributação de dividendos busca equacionar essas questões, sendo um tema relevante e em discussão para aprimorar a justiça fiscal no país. Compreender a tributação de ações é de extrema importância para investidores que desejam ingressar no mercado financeiro. Isso se deve ao fato de que entender o funcionamento da tributação sobre as transações e o patrimônio investido é essencial para tomar decisões bem informadas e minimizar o impacto dos impostos no retorno do investimento. Esse assunto abrange diversas questões, incluindo a identificação das operações sujeitas à tributação, a determinação das alíquotas dos impostos a serem pagos e os prazos para o recolhimento dos tributos. Portanto, é fundamental compreender em detalhes o funcionamento da tributação de ações. LEIA MAIS: ICMS - o que é e como calcular Como funciona a tributação sobre açõesA tributação sobre ações pode variar dependendo do país e do sistema tributário vigente. No entanto, vou explicar como funciona a tributação sobre ações no contexto do Brasil. No Brasil, a tributação sobre ações ocorre principalmente em dois momentos: na venda de ações com lucro (ganho de capital) e nos dividendos recebidos.
Além disso, é importante mencionar que existem outras obrigações fiscais, como a declaração de Imposto de Renda anual (no caso de atingir o limite estabelecido pela Receita Federal) e o cumprimento de eventuais obrigações acessórias, como a Declaração de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (DIRF), caso ocorra retenção de impostos na fonte. Vale ressaltar que as regras tributárias podem mudar ao longo do tempo, portanto, é sempre recomendável consultar um profissional especializado em contabilidade ou um contador para obter informações atualizadas e precisas sobre a tributação sobre ações no seu país. LEIA MAIS: Tributação regressiva - o que é Alíquota de Imposto de Renda sobre açõesA tributação sobre ações possui algumas regras específicas que podem impactar os investidores. Um aspecto relevante é a isenção do Imposto de Renda para vendas de ações até o valor limite de R$ 20 mil em um mês, independentemente do lucro obtido, desde que sejam vendas comuns, como no caso de swing trade, em que a compra e venda ocorrem em dias diferentes.
No entanto, essa isenção não se aplica às operações de day trade, em que a compra e venda de ações ocorrem no mesmo dia. Resumidamente, para garantir a isenção de Imposto de Renda em ações, é necessário vender até o limite de R$ 20 mil dentro de um mês. Caso o valor de vendas ultrapasse esse limite, será preciso pagar imposto sobre o lucro total, independentemente do valor excedente. No swing trade, quando as operações excedem o limite de vendas de R$ 20 mil em um mês, a alíquota do Imposto de Renda sobre os lucros é de 15%. Além disso, é retido um imposto na fonte de 0,005% sobre o valor total da venda, que serve como referência para a Receita Federal. Esse valor é descontado no momento de calcular o imposto devido. Exemplificando com uma situação para que você possa entender melhor: suponha que você vendeu R$ 50 mil em ações em um mês, com um lucro de R$ 10 mil. Seria necessário calcular uma taxa de 15% sobre o lucro de R$ 10 mil, resultando em um imposto de R$ 1.500. Além disso, o Imposto de Renda retido na fonte seria de 0,005% sobre o total da venda, ou seja, R$ 2,50. Portanto, o valor a ser recolhido na DARF seria de R$ 1.497,50. No day trade, em que as operações são realizadas no mesmo dia, as alíquotas aumentam. O Imposto de Renda retido na fonte passa a ser de 1% sobre o lucro, enquanto a alíquota sobre os lucros das operações salta de 15% para 20%. É importante destacar que não há isenção para vendas de até R$ 20 mil nesse caso. Uma dica relevante é manter as notas de corretagem arquivadas e criar uma planilha para facilitar o cálculo do valor devido na DARF. Cabe ressaltar que, caso você tenha prejuízos em determinado mês, não é necessário pagar imposto, e ainda é possível compensar esse prejuízo no cálculo do imposto devido nos meses seguintes, caso obtenha lucro. A tributação regressiva é um modelo de tributação em que a alíquota do imposto diminui à medida que o tempo de aplicação aumenta. Esse tipo de tributação é relevante para aqueles que consideram fazer um plano de previdência privada devido a preocupações sobre o futuro da aposentadoria pelo sistema de Previdência Social nos próximos anos. A tributação regressiva é uma opção de tributação disponível nos planos de aposentadoria oferecidos no mercado, por exemplo. Esse regime de tributação é principalmente aplicado ao Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) nos planos de previdência privada, como o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) ou VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Embora ambos os planos tenham o mesmo propósito, existem diferenças entre eles, especialmente em relação ao Imposto de Renda. Nos próximos parágrafos você entenderá o que é a tributação regressiva e como ela funciona. Acompanhe o artigo. LEIA MAIS: ICMS - o que é e como calcular O que é tributação regressiva?A tributação regressiva é um modelo de sistema tributário em que a taxa de imposto diminui à medida que a renda aumenta. Isso significa que os contribuintes com renda mais baixa pagam uma porcentagem maior de sua renda em impostos em comparação com os contribuintes de renda mais alta. Na tributação regressiva, a carga tributária é proporcionalmente maior para os contribuintes de baixa renda do que para os de alta renda. Isso ocorre porque a taxa de imposto aplicada é mais alta nos níveis de renda mais baixos e diminui gradualmente à medida que a renda aumenta. Uma maneira comum de implementar a tributação regressiva é através de impostos indiretos, como o imposto sobre o consumo. Por exemplo, se um país cobra uma taxa fixa de imposto sobre produtos básicos, como alimentos e roupas, essa taxa tem um impacto maior na renda de pessoas de baixa renda do que na renda de pessoas de alta renda. Isso ocorre porque, proporcionalmente, os custos desses produtos básicos representam uma parcela maior da renda dos indivíduos de baixa renda. A tributação regressiva pode ter implicações para a desigualdade de renda, pois pode aumentar a disparidade entre os contribuintes de renda alta e baixa. Os críticos argumentam que esse tipo de sistema tributário pode ser injusto, pois coloca uma carga maior sobre os contribuintes de baixa renda, enquanto os contribuintes de alta renda pagam uma porcentagem menor de sua renda em impostos. É importante ressaltar que a tributação regressiva é o oposto da tributação progressiva, na qual a taxa de imposto aumenta à medida que a renda aumenta. A tributação progressiva geralmente é usada como uma abordagem para promover a equidade fiscal, buscando uma distribuição mais justa da carga tributária. LEIA MAIS: O que é PGDAS? Como funciona na prática a tributação regressiva?A tributação regressiva foi criada com o objetivo de incentivar os contribuintes a investirem em previdência privada. Antes de 2005, existia apenas a tributação progressiva, que se baseava no valor do investimento, ao contrário da regressiva, que se concentra no tempo de aplicação. Dessa forma, para os contribuintes que optam pela tributação regressiva, quanto maior o prazo de investimento, menor será o imposto de renda a pagar. Ao longo de dez anos de aplicação, por exemplo, a alíquota pode diminuir de 35% para 10%. Veja um exemplo prático para que você possa entender melhor como funciona a tributação regressiva: Marcos realizava depósitos mensais de R$1.000 em sua conta de previdência. Com o passar dos anos, a taxa de imposto de renda diminuiu progressivamente, de acordo com uma tabela pré-estabelecida. Quando Marcos recebeu os valores investidos, ele recebeu primeiro o valor mais antigo, que correspondeu ao seu depósito inicial. Nesse caso, ele constatou que sobre esse valor foi aplicada uma alíquota de 10%. No entanto, para os valores mais recentes, houve uma tributação maior. Essa demonstração exemplifica o funcionamento da tributação regressiva. Assim, a cada nova contribuição feita por Marcos, os fundos devem permanecer na conta por um extenso período, a fim de que a taxa correspondente àquele valor seja reduzida. LEIA MAIS: O que é ICMS Transparente? Tributação regressiva e tributação progressivaA tributação progressiva e a tributação regressiva são modalidades diferentes que incidem sobre os investimentos, levando em conta o valor aportado e o tempo de manutenção do investimento, respectivamente. No caso da tabela progressiva, as alíquotas são crescentes e podem atingir até 27,5%. Já na tabela regressiva, as alíquotas são decrescentes, com um limite máximo de 35%. Portanto, a escolha entre essas modalidades deve ser feita com base nos objetivos individuais do contribuinte, considerando se o foco é no curto, médio ou longo prazo. Aqueles que optam pelo regime de tributação regressiva podem usufruir de alíquotas de Imposto de Renda tão baixas quanto 10%, o que representa um desconto de 25% em relação à tributação dos planos de previdência privada. No entanto, é importante ressaltar que esse desconto está sujeito ao período de tempo pelo qual o investimento será mantido. Em termos gerais, a tributação progressiva é mais apropriada para investimentos de curta duração, pois as taxas de Imposto de Renda aumentam proporcionalmente ao valor investido. Por outro lado, a tributação regressiva pode ser mais benéfica para investidores com perspectiva de investimento de longo prazo, uma vez que oferece taxas reduzidas ao decorrer do tempo. Como funciona a tributação progressiva na práticaVamos supor um exemplo para ilustrar como funciona a tributação progressiva:
Maria tem um investimento financeiro e obteve um ganho de capital de R$100.000. No sistema de tributação progressiva, as alíquotas do Imposto de Renda aumentam à medida que o valor do ganho de capital cresce. A tabela progressiva do Imposto de Renda prevê as seguintes faixas de alíquotas:
Nesse caso, a tributação progressiva seria aplicada da seguinte forma:
Portanto, o total de Imposto de Renda devido pela Maria seria de R$18.250. Esse exemplo demonstra como a tributação progressiva funciona, em que a alíquota aplicada aumenta progressivamente conforme o valor do ganho de capital se eleva. |
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