O Revenue Operations, ou RevOps, tem ganhado espaço como uma abordagem inovadora para maximizar a receita ao integrar os departamentos de marketing, vendas e customer success. RevOps surgiu da necessidade de integrar marketing, vendas e CS em um único sistema de operação de receita. Antigamente, essas equipes operavam de forma isolada, o que gerava inconsistências no funil de vendas e problemas de comunicação entre os departamentos. Com o avanço da tecnologia e a necessidade de experiências mais centradas no cliente, o RevOps tornou-se uma abordagem viável e essencial para unificar essas áreas. Ele alinha a visão de receita e promove a integração de dados, permitindo que cada equipe trabalhe com objetivos comuns. Neste artigo, exploraremos os principais aspectos do RevOps, seus objetivos, como ele evoluiu ao longo dos anos, sua estrutura, o conceito de Revenue Flywheel, o ROI esperado e as etapas fundamentais para implementar uma equipe de RevOps. Objetivo do RevOpsO principal objetivo de RevOps é otimizar o ciclo de receita de uma empresa, assegurando que marketing, vendas e CS trabalhem de maneira integrada e fluida. Para isso, RevOps busca:
LEIA MAIS: O que é o BMP? Revenue FlywheelO conceito de Revenue Flywheel em RevOps apresenta uma abordagem contínua de crescimento e otimização de receita, substituindo o modelo linear de funil. Esse modelo foca em criar uma experiência cíclica para o cliente, onde cada interação reforça o valor e engajamento. As etapas do flywheel incluem atrair, engajar e delight. Atrair (Attract):
Engajar (Engage):
Delight (Encantar):
A característica principal do flywheel é a ideia de aceleração. Cada interação positiva com o cliente adiciona "momentum" à roda, que é constantemente alimentada e movimentada pelas três fases principais, proporcionando vantagens claras. Uma delas é o menor custo de aquisição de clientes (CAC), já que clientes satisfeitos geram indicações e avaliações positivas, reduzindo a necessidade de investimentos altos para atrair novos leads. Outra vantagem é o aumento do lifetime value (LTV): quando a experiência e retenção de clientes melhoram, as empresas ampliam o engajamento, aumentando o valor total que cada cliente gera ao longo do tempo. Além disso, a fase de Delight gera feedbacks constantes, alimentando melhorias no produto e nos processos, o que ajuda a empresa a adaptar-se rapidamente às necessidades dos clientes. O flywheel também se torna escalável, pois, sendo um ciclo que se autoalimenta, a força da roda aumenta com o tempo, o que possibilita um crescimento sustentável. A implementação do Revenue Flywheel demanda uma abordagem colaborativa e integrada entre marketing, vendas e CS. O primeiro passo para a aplicação do modelo é definir métricas e KPIs alinhados para cada fase. Métricas como alcance e geração de leads qualificados são fundamentais na fase de atração; no engajamento, o foco deve estar nas taxas de conversão e no tempo do ciclo de vendas; e, na fase de encantamento, retenção e satisfação do cliente são prioritárias. Automatizar e centralizar os dados por meio de plataformas e ferramentas integradas permite que os dados de interação e resultados fluam entre as equipes, assegurando que cada área acesse os insights necessários para atuar de forma unificada. Com dados e tecnologia, as equipes também podem oferecer um atendimento ao cliente consistente e ágil, respondendo rapidamente e oferecendo suporte personalizado a cada etapa da jornada do cliente. É fundamental incorporar feedbacks constantes dos clientes ao processo, o que possibilita ajustes nas campanhas, estratégias de vendas e produtos, fechando o ciclo e ampliando a retenção. O Revenue Flywheel revoluciona a maneira como empresas abordam o crescimento ao promover um ciclo contínuo e escalável, gerando benefícios tanto para a empresa quanto para os clientes. Ao focar na experiência completa do cliente e integrar as operações de marketing, vendas e CS, o flywheel não só impulsiona o crescimento, mas também torna a empresa mais eficiente e ágil, oferecendo uma vantagem competitiva relevante em mercados orientados ao cliente. LEIA MAIS: Bootstrapping - o que é e como funciona? Estrutura e implementação do RevOpsImplementar RevOps pode gerar um retorno significativo ao unificar e otimizar a jornada de receita. Entre os benefícios estão o crescimento de receita, que surge com a redução de barreiras entre as equipes, diminuindo a perda de leads e aumentando a taxa de conversão. A eficiência operacional também é amplificada, pois automação e otimização de processos elevam a produtividade das equipes. Além disso, RevOps promove maior retenção e satisfação dos clientes, pois a experiência unificada e fluida melhora a retenção e reduz o churn. Com dados consolidados, RevOps permite ainda previsões mais precisas e um planejamento estratégico capaz de adaptar-se rapidamente a mudanças no mercado. Estudos indicam que empresas com equipes de RevOps bem estruturadas registram crescimento de receita até três vezes maior que aquelas que operam com departamentos isolados. A estrutura da equipe de RevOps depende do porte e da complexidade da empresa, mas geralmente inclui o Head de RevOps, responsável pela estratégia e pela coordenação dos esforços entre marketing, vendas e CS; os analistas de RevOps, que lidam com relatórios, métricas e automações para suporte das operações de receita; especialistas em ferramentas e dados, que garantem a integração e o bom funcionamento das plataformas (CRMs, automações de marketing e CS); e o gerente de processos, que supervisiona os fluxos de trabalho e busca continuamente oportunidades de melhorar a eficiência. Essa equipe colabora com outros departamentos e usa uma combinação de dados e ferramentas para ajustar a estratégia de receita da empresa. A criação de uma equipe de RevOps envolve etapas fundamentais, começando pelo diagnóstico e alinhamento, em que são definidos os objetivos de RevOps e identificadas as áreas com maior potencial de melhoria. Em seguida, passa-se para a implementação de ferramentas e integração de dados, consolidando plataformas e sistemas de automação para garantir um fluxo de dados consistente entre as equipes. A definição de métricas e KPIs é essencial para monitorar o impacto de RevOps em cada etapa do funil de receita. Depois, a criação de processos e automação padroniza atividades e automatiza tarefas repetitivas. Também é importante o treinamento das equipes, assegurando que todas entendam as mudanças e saibam aplicar RevOps no dia a dia. Por fim, realiza-se a análise e ajuste contínuo, em que os KPIs são monitorados e as estratégias ajustadas conforme necessário para maximizar os resultados. RevOps representa uma transformação estratégica que vai além de uma tendência, promovendo crescimento por meio da integração e otimização das operações de receita. Com uma estrutura bem definida e etapas estratégicas, RevOps pode revolucionar a forma como as empresas gerenciam seu funil, construindo um crescimento sustentável. CRM e RevOpsA integração entre RevOps e o CRM de vendas vai além de simplesmente unificar as áreas de vendas, marketing e atendimento ao cliente. Juntos, RevOps e CRM oferecem uma visão abrangente do dia a dia desses setores, facilitando decisões estratégicas que impactam diretamente o crescimento e a receita da empresa. Nesse contexto, o CRM é uma ferramenta essencial, pois apoia RevOps em ações estratégicas, consolidando dados e automatizando processos.
O primeiro ponto fundamental dessa integração é a organização de dados. O CRM é crucial para o RevOps na organização de dados, pois centraliza e estrutura informações vitais sobre leads, clientes e interações ao longo do ciclo de vendas. Essa centralização permite que todas as áreas envolvidas — vendas, marketing e customer success — acessem e compartilhem um único conjunto de dados em tempo real, o que facilita a colaboração e evita a perda de informações importantes. Além disso, o CRM armazena informações detalhadas sobre o histórico de cada cliente e o status dos leads, como contatos, preferências e interações anteriores. Esses dados permitem ao RevOps criar uma visão holística do pipeline e identificar com precisão onde cada cliente ou lead se encontra na jornada. Isso ajuda a definir prioridades e a realocar esforços para as oportunidades com maior potencial, evitando desperdício de recursos. Outro benefício importante é a automação e o ganho em eficiência operacional. Com RevOps buscando simplificar operações e eliminar tarefas manuais, o CRM desempenha um papel essencial ao automatizar interações com clientes e gerenciar os pontos de contato ao longo da jornada de compra. Ao automatizar tarefas repetitivas, o CRM libera tempo para as equipes focarem em decisões estratégicas que realmente podem impactar o negócio. Esse fluxo de trabalho mais eficiente reduz a sobrecarga de processos manuais, tornando o trabalho mais organizado e ágil e criando um ambiente propício para decisões estratégicas. Em termos de previsão e análise de receita, o CRM contribui significativamente com dados que permitem ao RevOps monitorar e otimizar a receita da empresa. Métricas como CAC (Custo de Aquisição de Cliente), LTV (Lifetime Value) e churn são facilmente acompanhadas, ajudando a equipe a entender e gerenciar o fluxo de receita. Relatórios e previsões baseados em pipeline e oportunidades proporcionam uma visão mais precisa do desempenho financeiro, permitindo um controle mais eficaz. A melhoria contínua do processo de vendas é outra área em que o CRM de vendas se destaca. Com dados detalhados sobre as interações com clientes, o CRM permite que RevOps identifique pontos fracos no processo de vendas e implemente melhorias que aumentem a conversão de leads. Esse ciclo de feedback possibilita o aprimoramento constante, alinhando os processos à performance desejada. Por fim, RevOps, com o suporte do CRM, contribui para a escalabilidade e o crescimento da empresa. Conforme o negócio se expande, RevOps ajusta os processos para que acompanhem essa evolução, mantendo o padrão de qualidade e alinhamento entre os departamentos. A integração com o CRM permite monitorar o desempenho em tempo real, facilitando o ajuste de estratégias e recursos conforme necessário. Com essa estrutura organizada, o crescimento da empresa se dá de maneira fluida, sem comprometer a eficiência operacional mesmo com o aumento das operações.
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O Marketing de Produto – também conhecido como Product Marketing – é a área responsável por levar e sustentar o desenvolvimento de um produto no mercado. O profissional dessa área atua em diversas frentes, como o posicionamento do produto, criação de mensagens, planejamento de lançamentos, geração de demanda, análise de inteligência competitiva e suporte ao processo de vendas. O papel do Product Marketing Manager é crucial para o sucesso da empresa, pois ele garante que os produtos sejam adequadamente lançados e promovidos. Esse profissional tem a função de traduzir as especificações técnicas do produto em mensagens claras e persuasivas para o público-alvo, tornando essa função central no sucesso do marketing de produto. Dentro dessa estratégia, o pricing (precificação) é um elemento estratégico essencial, que envolve a definição do preço do produto ou serviço. Essa decisão pode ser baseada em diversas pesquisas e análises, que têm como objetivo posicionar a oferta de maneira competitiva, maximizando os resultados esperados pela empresa. O packaging (embalagem), por sua vez, complementa a estratégia de pricing, pois define a forma como a oferta será apresentada ou "empacotada" para o consumidor. No caso de produtos digitais, o packaging geralmente está associado à criação de diferentes planos de assinatura, faixas de preços e recursos que podem ser adquiridos em conjunto ou separadamente. A partir daqui, vamos explorar mais detalhes sobre o que é packaging e como aplicá-lo de forma eficaz nos negócios. O que é packaging?O packaging, na criação de um produto e dentro da gestão de negócios e marketing, refere-se ao processo de empacotamento ou embalagem do produto de maneira estratégica, visando tanto a proteção física quanto a comunicação de valor ao consumidor. Ele desempenha dois papéis principais: 1. Aspecto físico (Proteção e armazenamento) - Proteção: O principal objetivo do packaging é garantir que o produto chegue ao consumidor em perfeitas condições. Ele protege contra danos durante o transporte, manuseio e armazenamento. O tipo de material, resistência e formato da embalagem são pensados para evitar avarias. - Armazenamento: A embalagem também facilita a logística e o armazenamento do produto, permitindo uma disposição eficiente nas prateleiras das lojas ou em armazéns. 2. Aspecto de marketing (Posicionamento e comunicação) - Posicionamento: A embalagem é a primeira interação visual que o consumidor tem com o produto. Ela comunica a identidade da marca e posiciona o produto no mercado. A escolha de cores, design, tipografia e materiais pode ajudar a atrair um público-alvo específico e transmitir atributos como luxo, sustentabilidade ou praticidade. - Diferenciação: No ponto de venda, onde a concorrência é visível, o packaging se torna uma ferramenta crucial para diferenciar o produto. Ele deve chamar a atenção e destacar o produto em meio a outros, influenciando a decisão de compra. - Experiência do cliente: A embalagem também faz parte da experiência do consumidor. Ela pode ser desenhada para proporcionar uma abertura fácil, reutilização ou uma sensação de "desembalagem" especial, algo que é especialmente importante no marketing digital, onde "unboxings" são muito populares. Na gestão de negócios e marketing: O packaging é visto como um elemento de branding e estratégia de marketing. Ele não apenas protege e preserva o produto, mas também contribui para a construção da marca, a percepção de qualidade e a fidelidade do cliente. Além disso, o custo do packaging precisa ser gerido com atenção, já que uma embalagem excessivamente cara pode prejudicar a margem de lucro, mas, ao mesmo tempo, investir na embalagem correta pode aumentar o valor percebido e justificar um preço mais alto. O packaging envolve uma combinação de funções operacionais e estratégicas, sendo uma ponte entre o produto físico e o marketing emocional, garantindo que o produto seja protegido e que sua apresentação visual transmita a mensagem desejada ao consumidor. Como aplicar uma estratégia de packaging?Aplicar uma estratégia de packaging assertiva dentro do marketing envolve integrar a embalagem do produto como uma extensão da marca e como uma ferramenta estratégica para influenciar positivamente a percepção do cliente. Para isso, é necessário considerar aspectos práticos e emocionais que promovam o produto de maneira eficaz. Aqui estão algumas maneiras de aplicar essa estratégia: 1. Alinhamento com a Identidade da Marca A embalagem deve refletir a essência e os valores da marca. Um produto de luxo, por exemplo, deve ter uma embalagem que transmita sofisticação e exclusividade, enquanto uma marca de produtos sustentáveis pode optar por embalagens feitas com materiais reciclados e um design eco-friendly. O design, as cores, a tipografia e até mesmo a textura da embalagem precisam estar alinhados à mensagem que a empresa quer comunicar. Exemplo prático: Se sua marca valoriza a sustentabilidade, opte por embalagens recicláveis ou reutilizáveis e destaque isso claramente na embalagem. 2. Diferenciação no Ponto de Venda A embalagem precisa ser visualmente atraente e única para se destacar em prateleiras físicas ou digitais. Ela pode ser o fator decisivo para que o cliente escolha seu produto em vez do concorrente. Invista em cores, formas, ou funcionalidades que chamem a atenção rapidamente e destaquem as qualidades e diferenciais do produto. Exemplo prático: Usar embalagens com designs interativos, como QR codes que levam o cliente a conteúdos exclusivos, ou formatos inovadores que geram curiosidade. 3. Experiência de Desembalagem (Unboxing) Criar uma experiência de desembalagem memorável é uma forma poderosa de envolver o cliente emocionalmente com o produto e gerar marketing espontâneo, especialmente nas redes sociais. O "unboxing" é um momento que, se bem explorado, pode gerar grande impacto em vídeos e posts de usuários que compartilham suas impressões online. Exemplo prático: Incluir toques especiais como uma mensagem de agradecimento, amostras de outros produtos ou um design interno surpreendente na embalagem pode melhorar essa experiência. 4. Funcionalidade e Conveniência A embalagem precisa ser prática e funcional, tanto para o uso quanto para o transporte. Uma embalagem difícil de abrir ou que ocupa muito espaço pode frustrar os consumidores e causar uma experiência negativa, o que pode prejudicar a percepção da marca. Por outro lado, uma embalagem fácil de manusear e que proteja bem o produto durante o transporte agrega valor ao cliente. Exemplo prático: Pense em embalagens que tenham fechamento fácil ou que possam ser reutilizadas para outros fins, criando um vínculo maior com o cliente. 5. Elementos Gráficos que Contam uma História A embalagem também pode ser uma ferramenta de storytelling. Ela pode incluir uma narrativa sobre a origem do produto, os valores da empresa, ou destacar de forma criativa as qualidades do produto. Isso cria uma conexão emocional com o consumidor, aumentando o valor percebido. Exemplo prático: Usar a parte interna da embalagem para contar a história da marca ou mostrar como o produto foi fabricado, reforçando valores como autenticidade ou qualidade artesanal. 6. Promoção Integrada e Upselling A embalagem pode incluir informações ou ofertas adicionais para estimular compras futuras. Adicionar cupons de desconto, links para promoções ou informações sobre outros produtos complementares é uma forma inteligente de usar o espaço da embalagem para maximizar o marketing e aumentar o lifetime value do cliente. Exemplo prático: Incluir um QR code dentro da embalagem que leva o cliente a uma promoção exclusiva ou a produtos relacionados ao que ele adquiriu. 7. Apelo Visual para o E-commerce Em lojas online, o aspecto visual da embalagem no site é o primeiro ponto de contato com o cliente. Ter fotos de alta qualidade e ângulos que mostrem os detalhes da embalagem pode melhorar a taxa de conversão. Aqui, o packaging deve transmitir o valor e a qualidade do produto antes mesmo de ser tocado. Exemplo prático: Investir em mockups ou fotos realistas que mostrem a embalagem em uso, ou o que o cliente pode esperar ao receber o produto em casa. 8. Sustentabilidade e Responsabilidade Social Com consumidores cada vez mais atentos às questões ambientais, a sustentabilidade se tornou uma parte vital da estratégia de packaging. Embalagens feitas de materiais reciclados ou recicláveis, além de práticas de produção ecológicas, não só atraem um público consciente como também agregam valor à marca. Exemplo prático: Usar etiquetas ou selos que informem que a embalagem é reciclável ou que parte dos lucros é revertida para causas ambientais. 9. Personalização Personalizar a embalagem de acordo com o cliente ou com um tema especial pode criar uma conexão emocional mais forte. Isso pode ser feito em edições limitadas ou campanhas sazonais, onde a embalagem traz um design exclusivo ou uma mensagem personalizada. Exemplo prático: Durante datas especiais, como o Natal ou Dia dos Namorados, oferecer embalagens temáticas pode tornar o produto mais atrativo para presentes. Uma estratégia de packaging assertiva não se resume apenas à proteção do produto, mas também à experiência que ele proporciona ao consumidor. Ao considerar o packaging como parte integrante do branding e do marketing, as empresas podem criar uma vantagem competitiva significativa, aumentar o valor percebido e fidelizar clientes. LEIA MAIS: O que é Business Inteligence e como aplicar na empresa? Como o packaging influencia no branding?O packaging (embalagem) exerce uma influência profunda no branding de uma empresa, atuando como um dos principais fatores que moldam a percepção dos consumidores e reforçam a identidade da marca. A embalagem é, muitas vezes, o primeiro ponto de contato que um consumidor tem com o produto, e, por isso, sua importância não pode ser subestimada. Ela representa uma oportunidade crucial para criar uma primeira impressão positiva, que pode definir o sucesso de uma marca no mercado competitivo. Quando bem desenhada, a embalagem pode tornar o produto instantaneamente reconhecível, facilitando sua identificação tanto nas prateleiras físicas quanto nas plataformas de e-commerce, promovendo a memorização e fortalecendo o reconhecimento da marca ao longo do tempo. Marcas icônicas, como Coca-Cola e Apple, são exemplos clássicos de empresas que utilizam o packaging de forma tão eficaz que seus produtos são reconhecidos com facilidade, mesmo quando o logotipo não está explicitamente presente. Além disso, a embalagem desempenha um papel essencial ao reforçar a identidade da marca, transmitindo seus valores, personalidade e promessas de marca. Cada elemento da embalagem – das cores e tipografia ao design e textura – comunica uma mensagem ao consumidor sobre o que a marca representa. Por exemplo, uma marca de luxo pode optar por uma embalagem minimalista e sofisticada, com detalhes refinados que remetem à exclusividade, enquanto uma empresa focada em sustentabilidade pode usar materiais recicláveis e um design eco-friendly para reforçar seu compromisso com o meio ambiente. Esse alinhamento entre a embalagem e os valores da marca é fundamental para consolidar a identidade da empresa no mercado e atrair o público-alvo correto. A embalagem também é uma ferramenta essencial de diferenciação no mercado, especialmente em setores saturados, onde muitos produtos apresentam qualidade semelhante. Uma embalagem criativa ou inovadora pode ser o diferencial que atrai a atenção do consumidor e o leva a escolher o produto. Formatos únicos, funcionalidades diferenciadas ou designs visualmente marcantes podem aumentar o apelo do produto, destacando-o da concorrência e fortalecendo o posicionamento da marca no ponto de venda. Outro aspecto crítico é a influência do packaging na percepção de qualidade. Uma embalagem bem elaborada pode fazer com que o consumidor perceba o produto como sendo de alta qualidade, mesmo que isso não se reflita necessariamente em seu conteúdo. Produtos com embalagens luxuosas ou bem acabadas tendem a justificar preços mais elevados, pois transmitem a ideia de sofisticação e valor. Por outro lado, uma embalagem barata ou mal projetada pode passar a impressão de que o produto é inferior, afetando negativamente a experiência do cliente e, consequentemente, a percepção da marca. Além de ser funcional e proteger o produto, a embalagem pode criar uma experiência emocional para o consumidor. O momento de desembalar um produto, também conhecido como "unboxing", pode ser tão impactante quanto o próprio produto. Uma experiência de unboxing memorável, que surpreende o cliente com detalhes inesperados, como mensagens de agradecimento, design interno criativo ou brindes personalizados, gera engajamento e pode até levar os consumidores a compartilhar a experiência nas redes sociais, fortalecendo a visibilidade e o vínculo com a marca. Marcas como Glossier, por exemplo, investem em experiências de unboxing únicas que são frequentemente compartilhadas por consumidores em plataformas digitais, ampliando o alcance orgânico da marca. Manter a consistência de marca em todas as plataformas e canais também é fundamental para o sucesso do branding, e a embalagem desempenha um papel vital nisso. O design e os elementos visuais da embalagem devem estar alinhados com a identidade visual e a comunicação da marca em todos os pontos de contato, como o site, as redes sociais e as lojas físicas. Essa coerência cria uma narrativa unificada, que não só facilita o reconhecimento da marca, mas também gera confiança no consumidor, essencial para a fidelização a longo prazo. A sustentabilidade é um fator cada vez mais relevante no branding, à medida que os consumidores se tornam mais conscientes de questões ambientais. A escolha de materiais recicláveis, biodegradáveis ou de baixo impacto ambiental não só atende a essa demanda crescente, mas também reforça o compromisso da marca com a responsabilidade social e a sustentabilidade. Empresas que adotam práticas ecológicas na concepção de suas embalagens conseguem não apenas atrair um público mais consciente, mas também diferenciar-se positivamente da concorrência, consolidando sua imagem como uma marca ética e responsável. Uma embalagem bem projetada também contribui para a memorabilidade da marca e pode ser um fator chave para a fidelização do cliente. Quando a embalagem oferece uma experiência diferenciada, seja pelo design, pela funcionalidade ou pelos elementos adicionais, como instruções detalhadas ou mensagens personalizadas, ela deixa uma impressão duradoura no consumidor. Essa impressão pode gerar uma conexão emocional, essencial para criar lealdade à marca e transformar clientes em defensores entusiastas do produto. Além disso, a embalagem pode ser usada de forma inteligente para promoção e cross-selling. Por meio de cupons de desconto, QR codes que levam a conteúdos exclusivos ou ofertas de outros produtos complementares, a embalagem se torna uma extensão da estratégia de marketing da empresa, ampliando as oportunidades de vendas futuras e aumentando o valor do ciclo de vida do cliente. Marcas de cosméticos, por exemplo, costumam incluir amostras de outros produtos dentro da embalagem, incentivando o cliente a experimentar novas ofertas da mesma linha ou marca. Em resumo, o packaging é muito mais do que apenas um invólucro protetor para o produto. Ele é uma ferramenta estratégica de branding, capaz de moldar a percepção do consumidor, fortalecer a identidade da marca, diferenciar o produto no mercado e gerar valor emocional para o cliente. Quando bem projetada e alinhada aos valores e à comunicação da empresa, a embalagem se torna um ativo poderoso para o posicionamento de marca, criando conexões duradouras e aumentando a lealdade do cliente. Em um cenário competitivo, onde os consumidores são bombardeados por inúmeras opções, investir em um packaging assertivo e estratégico pode ser o diferencial que garante o sucesso e a longevidade de uma marca no mercado. O packaging é importante para o seu negócio?O packaging é a primeira coisa que os potenciais clientes veem ao se depararem com o seu produto. Se ele não for visualmente atraente ou interessante, os clientes podem não se sentir motivados a explorá-lo. Isso é especialmente crucial para lojas online, onde os consumidores dependem exclusivamente da aparência visual para tomar suas decisões de compra.
Além disso, o packaging influencia como os clientes percebem a qualidade do seu produto. Uma estratégia de packaging que transmita a ideia de um produto frágil ou barato pode fazer com que o cliente associe o produto à baixa qualidade. Por outro lado, um packaging sofisticado e elegante tende a criar a impressão de um produto de alta qualidade. Portanto, escolher o packaging com cuidado é essencial para causar uma boa primeira impressão e transmitir a excelência do seu produto. |
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